Descida do rio Castro Laboreiro

Os dias de calor faziam-se sentir e, o dia convidava para mais uma actividade em contacto com a natureza, no seu estado selvagem. O local escolhido foi o rio Castro Laboreiro. O grupo reuniu-se em Braga e, de lá partiu numa viagem que nos levaria até a zona escolhida para a entrada na água. A boa disposição reinava e o grupo era fantástico. Depois dos procedimentos de segurança e de um breve briefing, a cargo do nosso principal responsável, o Nuno Silva, partimos naquela que se veio a revelar uma longa jornada....foram 8 horas pelo leito do rio, na sua grande maioria, dentro de água. Ficou na memória de todos os participantes, as dificuldades na progressão, o cansaço físico, mas acima de tudo, o registo de uma aventura que será lembrada até ao fim dos nossos dias. Um grande bem haja a todos os participantes e, um abraço sentido, em particular ao Silva, ao Gama e ao grande maluco do Mário.

When I was a young boy...

Numa altura da vida em que presente e passado, na sua condição de indissociáveis, se apresentam como dois líquidos não miscíveis, cruzam-me demasiadas vezes a mente as memórias de tempos idos em que os problemas da vida quotidiana eram suplantados pela fantástica capacidade de apreciar o que de bom a vida me ia proporcionando.

Como tenho saudades desses momentos...

Ficam para a posteridade algumas imagens que ilustram o "bom astral" desses tempos.

Que saudades....

Já lá vai um tempo desde que, em conjunto com um dos meus eternos companheiros de aventuras, embarquei em mais uma jornada espectacular. Descemos a bordo de uma canoa, o rio Lima desde Ponte da Barca, até à sua foz, em Viana do Castelo. Foram dois dias de muita loucura, boa disposição, aventura, adrenalina e sobretudo de intensa liberdade. Entre outras, são estas sensações que dão "salero" à vida e nos fazem continuar. Espero "embarcar" em muitas mais aventuras do género. E, porque palavras, leva-as o vento, ficam as imagens para a posteridade.

Mundo da treta !

Após longa ausência, cá estou eu a escrever novamente sobre aquilo que me vai na alma. Em dia de mais um jogo na nossa amada selecção, acende-se mais uma vez a chama da incredulidade por via da desmesurada importância que a Europa atribui ao futebol. Não quero dizer com isto que não veja alguns jogos e que também não vibre...dizer o contrário seria o mais puro exercício da hipocrisia. Aquilo que me faz confusão é o apelo às bandeiras nas janelas, o pedido de apoio incondicional à selecção (mesmo que tenhamos que assistir a jogos desprovidos de qualquer emoção) e o constante clima de suspeição que reina nos bastidores do desporto rei.
Enchem-se páginas de todos os jornais com notícias, mesmo que insignificantes, alusivas ao futebol, dão-se honras de abertura nos telejornais diários a notícias que dão conta da ida do nosso querido selecionador para o comando técnico de um qualquer colosso do futebol europeu (o mais engraçado é que isto propaga-se como se de uma peste se tratasse e toda a gente fala nisso), ocupam-se horas e horas em espaços de programação para dar também oportunidade ao surgimento de alguns "catedráticos" do futebol e lançá-los na ribalta, enfim...estou farto desta treta do futebol e da monopolização que exerce na vida das pessoas.
Continuo à espera de ver devidamente reconhecidos e tratados com as mesmas honras, por exemplo, os atletas para-olímpicos medalhados (e não são tão poucos assim); profissionais do Atletismo que nos têm representado ao mais alto nível por esse mundo fora e que fazem com que se escute o hino português nas mais remotas paragens, atletas esses, que muitas das vezes se vêem obrigados a saír do país e treinar no estrangeiro, por via da falta de apoios que por cá existem; atletas do Judo, que continuam a conseguir conquistar a pulso o legítimo direito de figurar entre os melhores da modalidade. Figuram aqui apenas alguns dos muitos exemplos de atletas e respectivas modalidades que são completamente deixados à sua mercê, se compararmos com os esforços que se fazem em prol do futebol. Escandalosamente, o próprio (ainda) selecionador nacional, admitiu publicamente que a Federação Portuguesa de Futebol, nos últimos 15 dias se multiplicou em esforços para arranjar forma de oferecer valores próximos daqueles que o mesmo terá recebido do actual clube que irá orientar( cerca de 8 milhões de euros por época)...coisa pouca!
O desporto deveria de ser tratado de igual modo e todas as modalidades deveriam de ter as mesmas oportunidades; se assim fosse, talvez o Remo, o Ténis de Mesa, o Vóleibol e todas as outras modalidades tivessem oportunidade de se desenvolverem de forma sustentada e talvez conseguissem criar mecanismos de atração para uma maior falange de simpatizantes.
Tal não acontece e o desiquilíbrio entre o futebol e todas as outras modalidades é gritante e insuportável. Sei que, sózinho não consigo mudar o mundo, mas que querem...nasci, cresci e vivo em democracia e o direito à indignação e á liberdade de expressão, são dois dos direitos que me assistem, portanto......

Exemplo de vida!

Vivemos numa era conturbada, em que o desejo material se sobrepõe aos princípios morais. Os homens estão a perder a sua identidade, em prol de um bem estar efémero. Continuamos a olhar para a casa do vizinho, para o seu carro e para a sua conta bancária, e aquilo que nos surge como prioridade, é simplesmente, ter tanto ou melhor do que ele. Viramos a cara ao sofrimento e à necessidade daqueles para quem a vida foi madrasta. Cada vez mais olhamos para o nosso umbigo e tornamo-nos estupidamente indiferentes. Acabei de ler um livro, à pouco mais de 3
semanas, que se chamava: " Sair da Microsoft para mudar o mundo". É a história de um conceituado director de marketing da Microsoft, que após uma viagem ao Nepal, ficou chocado com o grau de iliteracia existente por aquelas paragens. Decidido a mudar o rumo dos acontecimentos, criou uma fundação, "Room to read", abandonou o seu emprego e hoje em dia dedica o seu tempo a angariar fundos para construir escolas, bibliotecas e desenvolvimento de programas de ajuda à formação de meninas, que por estes lados, são descriminadas. É o exemplo de alguém, que abandona um estado de conforto material, para procurar a realização interior e descobrir um sentido para a vida. Ainda existem pessoas capazes de abdicar do seu próprio bem estar, em prol da felicidade dos outros!
São exemplos destes que me fazem seguir em frente , e acreditar....

Dar o arranque...

Apesar de aberto há algumas semanas, só hoje me predispus a escrever. Ainda assim, sem nada de interessante para contar. Estou a digitar letras, só para tentar que este simples acto me propulsione no sentido de dar utilidade a este fabuloso instrumento de divulgação de opinião. Espero que este seja o primeiro passo de uma grande caminhada...